
dia-a-dia: pedra e mais pedra
A conversa esvoaçava entre a andorinha das chaminés e a dos beirais quando referi o andorinhão. O Zé Manel embirrou que seriam andorinhões os que ele via nas ribeiras, sem serem pretos como as andorinhas. Seriam andorinhas das rochas? Das rochas não. Quando ia pra lá com o meu tio e dormíamos lá, nas ribeiras, é que as víamos. Chamavam-lhe os velhos os pedreirôs.
As velhas, à lua em eclipse, diziam que a parte escura (ou a clara, não sei) eram os homens que lá tinham estado que deixaram um lençol ou uma colcha a tapá-la.


um minuto depois do eclipse
Ao Joaquim bastou-me dizer 'aranha' para ele entrar num frenesim para a matar. Uma aranha enorme, numa morte inglória sob um chinelo e uma vassoura. Nunca mais lhe falo de aranhas.
Hoje distribuí bacalhau pela malta da aldeia. Será que uma prenda perde todo o interesse se tiver o preço?
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