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dia-a-dia: igual? |
Acordámos cedo, eu e o Hugo. Ontem
fomos chungas e chegámos às onze à Macieirinha. Azar dos azares, a
casa estava cheia e o Quim teve a cortesia de ir, a meio da noite,
dormir para a casa da mãe.
Chegando a Martim Tirado, a ideia era
ir podando as amendoeiras enquanto eu tentava contactar o
empreiteiro. Como ele passou o dia sem ligar o telemóvel acabámos
por limpar grande parte das amendoeiras. Com escada, tesoura de poda,
serra de poda, tesoura de poda gigante, podão e luvas. Já a meio da
tarde surgiu a Clementina com a ferramenta que substituía tudo isto
- uma serra de cabo comprido. Anos e anos de planeamento estragados
pelo pragmatismo da Clementina. Quê, andar a subir e a descer
escadas, sujeita a cair? Nem pensar, pensei eu. Para a semana compro
um fardo para as amêndoas do ano que vem e uma serra de cabo
comprido. Trepar às árvores nunca mais.
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montando a amendoeira |
Aprendi umas coisas com a senhora. Para
não variar. O interesse está nos ramos novos que vão substituir os
velhos. Os dardos novos que poderão dar origem a ramos com fruta são
as esperas. Os ramos verticais que crescem pelo centro da copa são
para cortar logo (copa oca), os ramos verticais muito compridos que
tornam a amendoeira alta demais não se cortam na totalidade mas
antes atrasam-se, cortando-se apenas parcialmente. As podas são para
ser feitas com calma, ano a ano, vendo a reação da árvore e
reagindo a essa reação.
A Fidalga, pobre coitada, é assediada
o dia todo pelos cadelos dos vizinhos. Não tarda nada está prenha.
Por mais que me custe.
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