Trigésimo quarto dia - amendoeiras


dia-a-dia: igual?
Acordámos cedo, eu e o Hugo. Ontem fomos chungas e chegámos às onze à Macieirinha. Azar dos azares, a casa estava cheia e o Quim teve a cortesia de ir, a meio da noite, dormir para a casa da mãe.

Chegando a Martim Tirado, a ideia era ir podando as amendoeiras enquanto eu tentava contactar o empreiteiro. Como ele passou o dia sem ligar o telemóvel acabámos por limpar grande parte das amendoeiras. Com escada, tesoura de poda, serra de poda, tesoura de poda gigante, podão e luvas. Já a meio da tarde surgiu a Clementina com a ferramenta que substituía tudo isto - uma serra de cabo comprido. Anos e anos de planeamento estragados pelo pragmatismo da Clementina. Quê, andar a subir e a descer escadas, sujeita a cair? Nem pensar, pensei eu. Para a semana compro um fardo para as amêndoas do ano que vem e uma serra de cabo comprido. Trepar às árvores nunca mais.

montando a amendoeira
Aprendi umas coisas com a senhora. Para não variar. O interesse está nos ramos novos que vão substituir os velhos. Os dardos novos que poderão dar origem a ramos com fruta são as esperas. Os ramos verticais que crescem pelo centro da copa são para cortar logo (copa oca), os ramos verticais muito compridos que tornam a amendoeira alta demais não se cortam na totalidade mas antes atrasam-se, cortando-se apenas parcialmente. As podas são para ser feitas com calma, ano a ano, vendo a reação da árvore e reagindo a essa reação.

A Fidalga, pobre coitada, é assediada o dia todo pelos cadelos dos vizinhos. Não tarda nada está prenha. Por mais que me custe.

A obra está parada. Encontrei o carpinteiro e as madeiras esperam apenas que a viga metálica seja montada. Espero que já a tenham feito. Tenho de acelerar isto.

vista do pátio 1 

vista do pátio 2

vista da rua

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