Acordei tarde e logo segui para Freixo. Precisava de comprar mercearias e uma máquina de lavar roupa para a casa. Aproveitei para consultar o
email no sempre agradável Café Xangai e para falar com o carpinteiro. Era dia
de feira, estava Freixo cheio de gente como nunca vi.
Voltei para continuar o chão. A verdade é que o trabalho
solitário, as dores e o calor deitam qualquer um abaixo, mas quando se conclui
que o trabalho não corre bem, o intelecto reage ainda pior, e vamo-nos abaixo.
Foi o caso dontem, ao notar que parte do trabalho anterior não tinha corrido
bem e que, mesmo sabendo disso, não conseguia dar a volta e fazer bem.
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a sala |
Tudo mudou hoje. Para além ter passado a ter todo cuidado do mundo com a água que uso para molhar o barro antes de aplicar a segunda camada,
passei a aplicar o barro extremamente molhado (
quem me ensinou falou-me em
'goma', e acho que o termo é correto). Assim, o remate final com a palustra é
um ligeiro afagar duma 'goma' molhada. A palustra desliza como uma prancha de
surf sobre uma onda.
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a sala |
E nota-se no resultado. Como a camada final é aplicada quase
líquida, a água faz com que não sobrem espaços entre as areias e o barro, o que
dá origem a uma superfície homogénea.
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a sala |
A Clementina deu-me a provar o doce (compota) de tomate
acabada de fazer. Espalhei-a, ainda quente, sobre uma fatia de pão. Os turistas
hão de fazer filinha, tia Clementina.
Ainda agora, seguia-me o Trovão a caminho da escola quando o
vejo a largar encosta acima. Logo atrás dele seguiu a Fidalga. Seguiam atrás de
um gato pardo, gordo e de cauda espessa. A perseguição continuou pelos pinhais,
com cães de todo o lado a juntarem-se à festa. Ou é de mim ou era um
gato-bravo.
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