Centésimo décimo nono dia - caranguejo

Começo a duvidar seriamente das capacidades do picheleiro. Pedi-lhe para tratar da fuga durante o fim de semana. Veio ontem. Quando cheguei à obra, hoje, depois do almoço, liguei a água para testar a eficácia do conserto. Percebi na hora que o problema estava por resolver - a rodinha do contador girava e o saibro logo voltou a encharcar-se. Aproveitei a presença dos eletricistas e pedi-lhes para soltarem a tomada embutida, para que se pudesse levantar a tábua que tapava o furo. O interior da tomada estava encharcada, assim como todo o espaço sob a tábua. Mexi na maralhada de tubos e percebi que era ali o problema. De tanto se mexer nos tubos da água (é das zonas da casa com mais confusão de tubos e canudos), uma das ligações soltou-se, e daí fugia a água.


malfadado furo

Pela minha parte, de volta ao chão. Ainda não consegui alguém que trabalhe à geira e possa ajudar-me. A casa já está ligada à rede elétrica. Quando cheguei, o Amílcar, não sei se da leitura dos jornais, questionava-se se existirá solução para os problemas do país. Não será concerteza com a austeridade da troica, assevera. Encontrei o Luís e a Clementina à entrada de Martim Tirado. Vinham da feira de Mogadouro.

os elétricos em operação
Ao limpar os cacos da tragédia da outra semana surgiu-me isto:

não fujas aranhinha

Costeiro que sou, pensei que fosse um caranguejo.

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