Centésimo décimo oitavo dia - infiltração

O picheleiro voltou de manhã para acabar o serviço. A bomba de calor ficou presa à parede, igual para os lavatórios. Falei-lhe do episódio do tubo de gás, e do meu medo de igual azares para os tubos da água e da luz. Tentou tranquilizar-me apontando para o contador: se a água está a correr vê-se a bolinha a girar. Olhei com algum cuidado. Nada parecia mexer-se.

Durante o dia continuei a trabalhar na sala. O processo é muito lento e cansativo, e estou sempre a sentar-me e a levantar-me, seja para mudar de caixa seja para ir buscar mais barro. Com o barro húmido é mais fácil um bom acabamento, se bem que o espalhar do barro na caixa, antes de usar a palustra, é mais complicado.

começando o barro

Ao fim da tarde surgiu a notícia previsível. Duas caixas de saibro estavam molhadas, sinal de fuga de água. Ainda pensei teria sido um problema semelhante ao do gás mas logo concluí que a água vinha da ligação ao autoclismo, que infiltrou água na parede, e dá para o chão. Cortei a água, telefonei ao picheleiro e fiquei a rezar para que seja só isso.

*!?

Ao ver os abelharucos pelo ar a tia Alcina chamou-os pelo nome verdadeiro: pitas-barranqueiras. Diz que quando se vêm no ar, lá no alto, que se sabe que aí vem vento.

Sem comentários:

Enviar um comentário