O picheleiro voltou de manhã para acabar o serviço. A bomba
de calor ficou presa à parede, igual para os lavatórios. Falei-lhe do episódio
do tubo de gás, e do meu medo de igual azares para os tubos da água e da luz.
Tentou tranquilizar-me apontando para o contador: se a água está a correr vê-se
a bolinha a girar. Olhei com algum cuidado. Nada parecia mexer-se.
Durante o dia continuei a trabalhar na sala. O processo é
muito lento e cansativo, e estou sempre a sentar-me e a levantar-me, seja para
mudar de caixa seja para ir buscar mais barro. Com o barro húmido é mais fácil um bom acabamento, se bem que o espalhar do barro na caixa, antes de usar a palustra, é mais
complicado.
 |
começando o barro |
Ao fim da tarde surgiu a notícia previsível. Duas caixas de
saibro estavam molhadas, sinal de fuga de água. Ainda pensei teria sido um
problema semelhante ao do gás mas logo concluí que a água vinha da ligação ao
autoclismo, que infiltrou água na parede, e dá para o chão. Cortei a água, telefonei ao picheleiro e fiquei a rezar para que
seja só isso.
 |
*!? |
Ao ver os abelharucos pelo ar a tia Alcina chamou-os pelo
nome verdadeiro: pitas-barranqueiras. Diz que quando se vêm no ar, lá no alto,
que se sabe que aí vem vento.
Sem comentários:
Enviar um comentário