Dia agitado. O picheleiro levou o dia a montar sanitários.
Volta amanhã para acabar. Eu passei a manhã às voltas entre Freixo e Moncorvo.
Os homens da Câmara ligaram o ramal da água e o contador pouco depois do
almoço. A casa já tem água, mas não tive coragem de a ligar. Amanhã testa-se.
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sanitários |
Deixei de ontem para hoje alguns retângulos com a primeira
camada de barro a secar. Crivei algum barro e comecei a segunda camada, tendo o
cuidado de molhar o barro que já estava colocado antes, que de ontem para hoje secou demais. A técnica, que consiste em aplicar o barro bem húmido e
afagá-lo com uma palustra é demorado e intrincado. Neste momento sinto que não
vou ter tempo de acabar o chão a tempo e horas sozinho, mas logo se vê.
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começando o barro |
Na semana passada vi o Amílcar a ler a Bola. Então tio
Amílcar, não sabia que gostava de futebol. Olhe que é coisa a que não ligo
nadinha. O Amílcar lia a Bola porque não tinha mais nada para ler. O genro,
esse sim leitor assíduo, fazia questão de comprar o jornal todos os dias, e eram
os jornais comprados durante a estadia do genro que o Amílcar ia lendo. Nem pensei duas vezes.
Os jornais que vou lendo ou ficam no metro ou vão parar à reciclagem. Passei a
deixá-los ao Amílcar, e dá gosto vê-lo a ele e à Clementina, de óculos postos,
a virar cada página com tempo e atenção.
Passadas as sete, deixei o trabalho para trás e fui dar a
habitual volta ao Púlpado com a Fidalga e o seu bravo escudeiro, o Trovão.
Levei a máquina, antecipando os contrastes que o pôr do sol traria. Comi tantas
amoras que nem quis jantar.
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a caminho do Púlpado |
O vento bule na copa dos pinheiros. Já se sente o frio.
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