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Quadragésimo sétimo dia - frio


assim não entra o frio

As manhãs surgem cobertas de nevoeiro. Por causa dos pés frios, o carpinteiro acende todos os dias uma lareira dentro da obra, e eu acabo inevitavelmente no borralho, junto da Alcina e do Amílcar. Nestes dias o topo dos pinheiros gela. Tudo gela. As pontas das amendoeiras, as ervas, tudo.

paisagem gelada 


talvez o gelo mate o fungo dos olmos

Quadragésimo segundo dia - cabeça de bode

dia-a-dia: mais madeira

Convencido pelo sono, deixei-me ficar pela cama mais um pouco. Não soube a muito, mas sempre são cinco minutos longe do FRIO GÉLIDO que é esta casa.

Na obra residia o caos. Carpinteiros, pedreiros. A meio da manhã chegou o picheleiro. Comigo, chegámos a ser sete homens. Mais para o fim da tarde ainda veio um pintor. Mais um pouco e fechávamos a equipa de futebol.

O telhado compõe-se. Os homens acabaram os caibros de baixo e avançou-se para cima. A asna de madeira ficou meia feita, os cúmeos estão colocados. O empreiteiro juntou colorido à cena vindo para a nossa beira pintar as hastes com antiferrugem. Até parecia uma família.

uma peça de cada vez

encosta

a lente está suja

De resto pouco fiz. Tanto ia ver os olmos vivos e marcar os mortos como ia para dentro da casa checar medidas ou ajudar os homens com as madeiras.

O Luís encontrou a caveira dum bode. Bééé.

medo