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Sexagésimo, sexagésimo primeiro e sexagésimo segundo dias - roofmate

dia-a-dia: rematando o telhado
(foto)
Segunda não havia comboios; segui no autocarro, a meio da tarde. Terça acabámos o outão e falei com o carpinteiro sobre a calha técnica e as portas. Quarta o empreiteiro acabou a cumeeira e começámos o pavimento exterior, com roofmate a marcar os limites, escolhendo as pedras para a frente das soleiras. Quinta veio um eletricista para orçamentar a obra e continuámos o pavimento.

Cheguei ao fim destes dias cansadíssimo, incapaz de escrever o que quer que seja. Ficam as fotos.

o que será um pátio
(foto)

Vigésimo quinto dia - o outão

dia-a-dia: temos outão

Acordar às seis acabou por ser a melhor ideia do dia. Cheguei à obra às sete e vinte, com banho por tomar (acabou o gás) e com os homens já lá.

Durante o dia decidiu-se a inclinação do telhado, a altura dos parapeitos e ainda ajudei os homens a colocar as pedras sobre a parede. Originalmente estas pedras tinham a função de proteger a madeira da cobertura de chamas rebeldes que pudessem nascer da lareira. Decidi mantê-las como testemunho histórico, já que a sala da tia Baldo foi transformada em quarto e já não restava nenhuma razão prática para as recolocar lá.

é o que há

Ainda deu para experimentar a minha nova serra de arco (o nome talvez não seja este) e o podão em segunda mão, comprado numa feira de velharias em Vila Verde. Ainda tenho de o afiar.

O dia ainda serviu para burocracias com a obra e para tratar da Fidalga. Está com uma tosse chata e a perder pelo, com feridas cutâneas pelo corpo. Voltei cansado mas contente.

Décimo nono dia - larechas

dia-a-dia: pedra e mais pedra

Voltam as obrigações na obra. O empreiteiro passou por lá na semana passada e deixou os tubos presos ao pavimento, e tirando um tubo duma sanita que não ficou no sítio certo está tudo pronto para se fazer o enchimento do pavimento das casas de banho. Para a semana tenho de voltar para o fazer com os homens.

A parede acelerou - numa semana e pouco fecharam outro outão. Com a velocidade veio, inevitavelmente, a falta de critério. Como a pedra vem agora miraculosamente do palheiro demolido já há pedras grandes abundantes. Para grande pena minha tive outra vez de os repreender: mais pedra falheira, mais pedras compridas, menos pedras gigantes. Inventaram inclusive cunhos na vertical. Tanta pressa não sei para quê.

Ataquei as ginjas com a Mafalda. Colher um pouco, comer um pouco, podar mais um bocadinho. De cada ramo seco que cortávamos surgia mais um formigueiro. Quando se sentiam a descoberto, algumas das formigas corriam a esconder as larvas, enquanto que outras, mais bicho mau, corriam a atacar-me as mãos. A Clementina dizia que não eram formigas, eram larechas. Sei que eram inimigas das minhas mãos, e que cravavam os ferrões das suas cabeças vermelhas na minha pele e rabeavam, não sei se de gozo se de desespero.

Depois de vencermos as larechas e de colhermos todas as ginjas a Clementina perguntou-me se a outra gingeira também era minha. Na dúvida, colhemos o que pudemos.

ginjas daqui (gesto característico na orelha)