Quadragésimo terceiro dia - beiral

dia-a-dia: duas águas

A pedido do empreiteiro, o carpinteiro trouxe umas placas de aglomerado de cortiça, para uns testes, e uma clarabóia, a meu pedido, para vermos como funcionam. Com o aglomerado conseguiu perceber qual a altura definitiva do telhado, de maneira a colocar as lajetas do beiral. Vão ficar lindas. A conversa ainda durou um pouco sobre a vontade do empreiteiro e carpinteiro em fazer um 'beiral tradicional português', ao que retorqui, quero é um beiral tradicional de Martim Tirado. Apontei para a casa do meu avô e disse, quero igual àquilo. Ainda insistiram, é que à portuguesa fica mais bonito, mas ficou por aí.

é pena que não fique à vista

Com as claraboias restava perceber como funcionavam, e como encaixavam nas telhas, e na estrutura de madeira. Com as telhas vai ser complicado - deve implicar corte de telhas, mas vai ter de ser. O sistema Velux, com o qual nunca tinha convivido diretamente, é muito semelhante ao do Ikea, e foi sem surpresa que descobri que são ambas suecas. É óbvio.

é ao contrário


As telhas é que me assustaram. Colocando-as sobre a subtelha, o espaço entre capas é enorme e a telha-canal fica muito mais à vista do que esperava. E como a face interior da telha não é pintado, fica o telhado às riscas. Os meus piores medos confirmaram-se. Tenho de arranjar solução para isto.

A carpintaria segue a todo o vapor. Hoje acabamos os caibros, e para segunda ficam os testes com as claraboias. Um pequeno stress durante a manhã - um erro de centímetro e meio, que na altura me pareceu um quilómetro. A solução do carpinteiro pareceu-me milagrosa: dividir o mal pelas aldeias, e transformar um erro entre caibros de centímetro e meio por dois erros de sete milímetros. Sete milímetros? Pfff.

foi o Bruno que captou o momento

O empreiteiro fica com um dos cachorros. Com o único macho. Por isso, ficam três fêmeas para dar. Alguém?

Sem comentários:

Enviar um comentário